Semelhante Estado

Porque ameaço a mim mesma?

Canto uma loucura sem ritmo

Me induz uma vontade insana

As feridas de meus pulsos

Não acompanha a melódica sinfonia

A fenda gótica do tal desespero

Nada espera do tal futuro

Algo atormenta meu racíocinio

Enfermiço meus pensos

Até que estado cheguei?

Desesperança...minha extensa dor

Que a morte do corpo

Me dê o alívio que preciso

Um corpo sem esperança

Sem motivos para continuar a existir

O dissabor que inocula

Minha incurável sanidade

Só aumenta a raiva que sinto

Da criatura que crio

Uma úlcera récem-nascida

Que cresce sem saber quanto tempo vai durar

semelhante estado...morro cantando com a evolução da tal úlcera...