VIDA PASSAGEIRA.
Sonetos do poeta Malume (Manoel Lúcio de Medeiros).
Amigo como a vida é traiçoeira,
Surpreende-nos em plena direção,
Corremos sobre a face do abismo,
É num “piscar de olhos” a colisão!
Por mais atento que venhamos ser,
A vida passa, e gente sempre voa,
A nossa força não dá o prazer,
De ver na vida o quanto ela é boa!
E quantos não partiram sem adeus,
Sem chance, de ao menos, ter perdão,
Dos sonhos, acordaram sim, na morte!
Feliz daquele que foi para Deus,
Que teve da partida, o corpo são!
Partiu, mas noutra vida teve a sorte!
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