Boa Sorte!

Quantos mundos temos em nossas cabeças

E novamente arrumo as malas

Desfaço as salas

Edito as falas

Com um melão entalado

Na boca do estomago

Se esquece que eu também sei amar

Eu quero ficar

Mas ao teu lado todo inocente tem culpa

Toda tua magoa em nada resulta

Eu não estou convencido do erro

Mas eu sei

Embora não aceite os seus motivos

Compreendo o seu jeito de ser

Quanto a mim só preciso que entenda

Que devo correr

Contra o tempo, contra o vento

Conto as horas, quanta história

Teus carneiros não me deixam dormir

Um outro dia nasce

E sobram as mesmas dores

Pouca maturação

E os mesmos dissabores

Porém, nada que dissipe

O perfume das flores

Que cultivo em meu jardim

Eu não estou convencido do erro

Mas eu sei

Que na verdade

Buscamos a mesma liberdade

Pensamos sermos inteiros

Mas somos apenas metades

Mal supridas quando o dia termina

Se algumas coisas fizeram sentido

Quando estava-mos juntos

Por que buscamos razões

Em outros mundos?

Pra escapar das rotinas?

E a nossa já não era o bastante?

Pena isso não ser tão relevante.

Eu não estou convencido do erro

Mas eu sei

Que quase não há o que ser dito

Apenas...

Boa Sorte!!!