Profundezas do coração
Choveu forte em meu coração hoje,
uma tempestade que machucou,
feridas voltam a sangrar,
e meus olhos se perdem em meio ao acaso inevitável.
Gotas que me ferem,
lagrimas de ódio,
olhares de rancor,
e eu, em meio ao dispor, sem vigor, sem sabor.
Palavras ainda não ditas,
cúmplices não reveladas,
frias e dolorosas,
explosivas e oprimidas.
Lagrimas derramadas,
sentimentos obscuros,
reflexo de minha alma,
nos meus olhos a chorar.
Querendo fugir disso,
acabo me encontrando,
crepúsculos de um futuro sem rumo,
meu espelho tão entregue ao profundo.
Vidros quebrados,
reflexo acabado,
meu espelho inabalável,
se torna imaginário.
Volto a mim,
e me encontro entristecido,
um pai, mas não amigo,
um filho, no entanto magoado.