Quarto Vazio
Encostado na parede úmida,
E sentado no chão frio e sujo do meu quarto.
Tento imaginar quem posso ser
Tencionar o que poderia ser
mas apenas lamento o que sou, apenas frio e sujo
Talvez se fosse estúpido poderia ser menos fracassado
Entretanto não teria mais orgulho de mim.
Todavia, que adianta pensar nestas cousas?
Porquanto estou apenas perdido.
Perdido num mundo a parte de mim mesmo.
Que estou a fazer aqui?
Certamente nada, e ao nada minha existência consolida-se.
Na amplitude de um mundo tão subjetivo.
Marcado pelo disfarce em que me visto
Sempre diante do espelho rachado pelo meu olhar.
E contínuo a pensar, continuo a esconder meus ideais
Que já nem lembro mais.
Continuo sempre perder de vista o rumo que poderia tomar;
Assim sempre me levanto deste chão e caminho sem destino
E para cá, volto sempre quando tenho sono e fico a pensar
E nunca adianta pois só penso, enquanto não vivo.