Uma lápide com meu nome

À minha frente há um túmulo com meu nome

Que não é meu por ser

Mas que carrega um fato com o qual,

Muitas vezes, não posso lidar:

Eu não sou eu,

Ou melhor dizendo, eu não deveria ser eu

Nunca fui verdadeiramente quem esperavam que eu fosse

A verdade é que eu carrego a herança

Do que era para ser, mas não foi

Que travou obstáculos entre o real e o irreal

E se desmantelou no nada

E, desde então, me vejo perseguido por fantasmas

Que são como vozes em minha cabeça

Sussurrando, suspirando, desejando?

Procuro, louco, desvairado

Por uma saída

Mas, penso que,

E se, no fim,

Essa for a única coisa que realmente me pertença?

—as vezes, a realidade pode fluir por dois caminhos distintos: ou ela é assustadoramente dolorosa, ou magnífica; no fim, as duas coisas sempre se encontram...

"Eu tenho a natureza, a arte e a poesia, e, se isso não for o suficiente, o que é?"—Vicent Van Gogh

Debora B Ribeiro
Enviado por Debora B Ribeiro em 14/01/2024
Código do texto: T7976551
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