A morte da dor

Estas são as últimas palavras de dor,

e a ti, eu as dirijo bem aliviada;

hoje nem me importa mais falar de um amor,

que fez de mim ... uma mulher amargurada.

Quando pensei que tudo estava perdido,

esclarecestes essa minha realidade;

usastes meus amigos, o inaltecido,

com prepotência e palavras de maldade.

Não suportas meus amigos, nem me ver feliz,

tua alegria e glória era me ver triste;

mas desta vez, jogastes como um aprendiz,

tua insensatez acabou...não mais existe.

A dor maior, foi eu dar tanto sentimento,

a alguém de alma vazia...insensível...fria;

passíonal nas atitudes, sem argumento,

não sentiu a dor da alma em pura sangria.

Eu sou livre, livre, eu posso e eu grito,

aos quatro cantos deste mundo virtual;

que nos versos deste poema está escrito,

não vais além de um ser medíocre e irracional.

Não respeitas a que é dona da tua cama,

aproveitas a carência de outras mulheres;

mas não penses que tens glória, poder e fama,

há-de acabar em fel, teus dias de prazeres.

Pensas que és inatingível ao sofrimento?

Vai chegar o dia a sentires o punhal;

chorarás em cada lágrima de lamento,

sentirás tudo que em mim fizestes de mal.

As palavras feriram como ferro em fogo,

penetraram a carne e espírito doentes;

hoje pela tua alma e paz a Deus rogo,

que te perdoes por atitudes dementes.

Depois de anos de sofrimento e amargura,

o limite dos meus princípios despertaram,

esse meu orgulho, fez-me erguer na postura,

de enxergar por cima, os pés que me pisaram.

Dei meu grito final: -Independência ou morte!-

No rio das minhas lágrimas ... finquei a espada;

Hoje sou guerreira, mulher de pulso forte

e nunca mais por ti, hei-de ser humilhada.

Só não dou um fim aos meus versos existentes,

pois fazem parte de anos da minha vida;

como momentos tristes e preeminentes,

páginas amareladas e esquecidas.

Chega de gastar em versos meus sentimentos,

palavras doces já transformadas em dores;

tenho muito que falar, chega de lamentos,

quero falar de vida e de lindos amores.

No teu epitáfio alguém irá escrever:

Aqui jáz a dor que em alguém causastes;

hoje postumada, sem mais nenhum poder,

nem valor para quem ... em anos magoastes.

Morte à dor!

Anna Müller
Enviado por Anna Müller em 02/12/2005
Código do texto: T79857