Como sei se ainda é eu?
Minha cabeça é um buraco escuro!
Um lugar distante para onde fujo, quando sinto medo de mim
Enfim, o erro não sou eu, embora os meus me tornem eu e com isso, sinto medo do futuro
Sei que é confuso, só que duas partes brigam e eu não posso sair
Há um lado no qual controlo e outro que sou refém, sabe como é, o sonho do oprimido é ser o opressor e isso pode ser imaturo
Mas eu tô tentando, por que não consigo sair daqui?
De mim?
É como se no dia que eu conseguisse, deixaria de ser eu e por mais idiota que parece, tenho medo de me perder, eu juro
Assim, eu não sou horrível, mas não me amo o quanto deveria, tão pouco sou minha primeira opção e muito menos meus motivos de sorrir
Só que no fundo, sei que já me perdi e não vou mais me encontrar, como também, não é culpa do mundo
Deixei minha miséria ser confortável, com tudo o que não queria ser e os fragmentos do que fui um dia me assombram convidando pra sair