Esse poema é dedicado ao capitalismo
Bom,
Por que eu te odeio
Você só me traz falsas alegrias
E verdadeiras tristezas
Me faz querer ter mordomias
Como querer tê-los em minha mesa
Você só me afasta de quem eu amo
Você me faz perder o interesse em viver
E isso só vai aumentando a cada ano
E aos poucos vai acabando com o meu ser
Você me faz acreditar
Acreditar que um bem material vai preencher um vazio
Uma lacuna impreenchível
E me faz perceber que por sua causa eu me chateio
E me fez perceber que a alegria é um bem inacessível
A me leva a convencer a nem sentir receio
Que ela é uma coisa praticamente impossível
Impossível,
Impossível de conseguir conquistá-la
Impossível de conseguir senti-la
Impossível de um dia imagina-la
Impossível de um dia demonstra-la
Impossível de um dia chama-la,
Chama-la de um sentimento que me pertence
Um sentimento que tomaria conta de mim
Um sentimento que me convence,
Me convence a sentir a vida como um jasmim
Me convence a acreditar no amor
E crer que esse sentimento realmente é para mim
Por você eu tenho uma enorme amargura
Você me faz levar a vida com infelicidade
Me faz crer que viver é uma enorme chatura
E que nesse mundo o que importa é só a maldade
Que todo essa nossa melancolia e abatimento, é apenas frescura
E nós seres de classe operária
Nunca provaremos da pura
A pura felicidade
A pura euforia
A pura reciprocidade
A pura vontade de viver
A pura vontade de agradecer
Agradecer por mais um dia amanhecer,
Pelo contrário
Só provamos da pura
A pura infelicidade
A pura misantropia
A pura maldade
A pura vontade de morrer
A pura vontade de desaparecer,
Desaparecer para não ter que ver outro dia amanhecer
Porque acordar vivo,
Já não faz parte da vontade de meu ser.