ENTRE O COXO E O CACO

Eu sou filho da natureza, na natureza me criei

eu sinto dor, eu sinto frio e sinto arrepio.

Sou um ser vivo que nasceu livre

entre arbustos e planícies

Que canta e assobia para alegrar

Os caprichos do meu senhor.

Eu sou tico, eu sou taco entre o coxo e o caco.

O meu senhor, ou meu algoz me exibe, como um troféu, eu canto eu assobio para satisfazer a vossa vontade.

Eu sou tico, eu sou taco entre o coxo e o caco.

Fui arrastado, preso, engaiolado, humilhado, julgado e condenado sem sequer ter o direito de me defender.

Hoje eu vivo do ponteiro para o caco

Assobiando e cantando para esquecer

Os maus tratos do meu malvado senhor.

O meu futuro está se desfazendo, estou me desfiando não sei mais quem eu sou, mais uma coisa eu tenho certeza.

Eu sou tico, eu sou taco, entre o coxo e o caco.

E assim vou seguindo a minha sina, eu sou tico, eu sou taco, entre o coxo e o caco.

Autor: Gilmar bispo dos santos neves

SALVADOR: BAHIA / 16/08/2023

Instagram: gilmar_bispo11

Gilmar Bispo Dos Santos Neves
Enviado por Gilmar Bispo Dos Santos Neves em 16/02/2024
Reeditado em 14/03/2024
Código do texto: T8000544
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