Dor da Partida

DOR DA PARTIDA

No convés me esperas

Oh, sim!

esperas-me marinheiro.

Após tantas partidas

e chegadas

a tua presença

ainda me faz rir

como uma criança.

Cotejo as estrelas

em teus braços firmes.

A vida se desenrola

quando a noite chega.

E parte meu coração

em pedaços

quando partes.

Atada a solidão

ungida de luas invisíveis

choro a dor do meu amado.

Navegando

em algum pedaço do oceano.

Não sei ao certo.

Só sei que meu amor

não acaba em meu peito.

Consome minha alma.

queima por dentro.

Arde e fere.

Você, marinheiro.

De terras distantes

à procura da amada.

Nos intervalos das horas

não me canso

de clamar pelo teu nome.

Talvez algum anjo louco

pudesse me ouvir

e atender aos pedidosd

da pobre dama.

Fragmentos de sonhos,

asas de luz.

Tua voz

junto às ondas do mar

ao longe se faz ouvir

e me fortalece

nesses entremeios

sem formas

para definir

a dor da partida.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 12/01/2008
Código do texto: T813475
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