Dor da Partida
DOR DA PARTIDA
No convés me esperas
Oh, sim!
esperas-me marinheiro.
Após tantas partidas
e chegadas
a tua presença
ainda me faz rir
como uma criança.
Cotejo as estrelas
em teus braços firmes.
A vida se desenrola
quando a noite chega.
E parte meu coração
em pedaços
quando partes.
Atada a solidão
ungida de luas invisíveis
choro a dor do meu amado.
Navegando
em algum pedaço do oceano.
Não sei ao certo.
Só sei que meu amor
não acaba em meu peito.
Consome minha alma.
queima por dentro.
Arde e fere.
Você, marinheiro.
De terras distantes
à procura da amada.
Nos intervalos das horas
não me canso
de clamar pelo teu nome.
Talvez algum anjo louco
pudesse me ouvir
e atender aos pedidosd
da pobre dama.
Fragmentos de sonhos,
asas de luz.
Tua voz
junto às ondas do mar
ao longe se faz ouvir
e me fortalece
nesses entremeios
sem formas
para definir
a dor da partida.