Morre a poesia

Escrevo de mim, mas de mim nada conto,
num trocar de letras me escondo.

Suspiros foram tantos, lágrimas um tanto mais,
embebidas palavras de uma poesia, minha mentira.

Escrevi tanto, que senti a poesia se esvaindo de mim,
a poesia na qual sobrevivi, no qual silêncio morri.

Chegou o tempo, em que nada tenho,
pois perdi o melhor que havia em mim.

Perdi a morada de minha esperança,
tenho medo de morrer pedra, de chorar areia...

Tenho medo de não sangrar o vermelho da rosa,
e de cegar em meu olho o brilho das estrelas...
LuRubia
Enviado por LuRubia em 14/01/2008
Reeditado em 27/05/2010
Código do texto: T817142
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