ESTE SILÊNCIO
Quando o senti ruidoso chora o fel,
Não santo... Espremido em dores,
Todo ele dormente se cala.
Como se torna triste este momento,
Incapaz de ver luz em meu pensamento.
Dor, que dor!
Como é dolorida essa escuridão,
Sombra que entorna a melancolia,
E dar cria este silêncio.
Se eu pudesse me livrar
E como o sol resplandecer...
Mais não, nem o mar beijando a praia,
Nem o céu a minha vista
E nem o amor de uma menina.
Não há nada maior nesta vida para mim
Nada é tão triste como esse silêncio...
Vem à madrugada, meu pensamento vagueia
No extremo agonizar da morte
Contemplando a lua cheia.
Nessas horas de silêncio, de tristeza e de amor,
Cheio de magoa e rancor,
Tão o fel eu choro... Tão eu choro prantos de dor.