ESTE SILÊNCIO

Quando o senti ruidoso chora o fel,

Não santo... Espremido em dores,

Todo ele dormente se cala.

Como se torna triste este momento,

Incapaz de ver luz em meu pensamento.

Dor, que dor!

Como é dolorida essa escuridão,

Sombra que entorna a melancolia,

E dar cria este silêncio.

Se eu pudesse me livrar

E como o sol resplandecer...

Mais não, nem o mar beijando a praia,

Nem o céu a minha vista

E nem o amor de uma menina.

Não há nada maior nesta vida para mim

Nada é tão triste como esse silêncio...

Vem à madrugada, meu pensamento vagueia

No extremo agonizar da morte

Contemplando a lua cheia.

Nessas horas de silêncio, de tristeza e de amor,

Cheio de magoa e rancor,

Tão o fel eu choro... Tão eu choro prantos de dor.

SÉRGIO CARVALHO
Enviado por SÉRGIO CARVALHO em 15/01/2008
Código do texto: T818687
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.