Liberdade

Liberdade

Serenamente foi amolecendo os músculos

do corpo, todo organismo foi parando calmo

e lento, nenhum suspiro se ouviu, apenas

seu organismo obedecia às ordens de comando...

Já não havia o peso do passado, tudo havia

se cumprido conforme o determinado, escolhido

antes da última vinda naquele corpo cuja doença

ceifra aos poucos...

Foram tantos anos de vida!

Vida dedicada ao amor, compreensão, carinho,

jamais vida parada...

Finalmente aquela alma sentiria a liberdade,

iria voar livre pelos ares, pelos céus, pela imensidão

encontraria velha habitação, cheia de paz e saúde.

Decidida retira-se daquela carne sofrida, machucada

pela dor que o corpo mitigara anos a fio, e o semblante

torna-se leve, puro, de uma calma inexplicável à

inteligência humana, e ela dorme, plácida dentro

do caixão!

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 26/01/2008
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