Boneca de pano

Entro no quarto

Com a corda no pescoço,

Meio à dor dos condenados,

E apavorada quase ouço

Os ratos no tal fosso

E sua água.

Moço, socorro moço,

Não sei nadar.

A voz some,

Fica presa na garganta,

Inútil gritar, de que adianta?

De novo me tomam

Em estupro consentido

E meu peito, atrevido,

Morre um pouco mais...

Não escutam meu pedido de socorro,

Nem o choro, só o vento,

Rindo de meu lamento,

O vento de meus ais.

Um dia tive mãe, tive Deus, tive pais.

(Abaixo a Pedofilia!)