CHÔRO NUM PAPEL DE PÃO

Sinto-me presa

num chão de silêncio

tentando florescer a vida

e vendo o desaguar da paz.

Há tempos atrás,

a magia trazia-me

filhos em sua candura.

E hoje, sobra-me apenas,

um eco daquela ternura.

Sigo agora

com finos passos

pisando a aragem fria

feito um instrumento

sem tons, sem sons,

sem sintonias e sem visões.

Deixarei então,

que fuja do peito transparente,

velhas marcas úmidas,

dos choros que tanto chorei.

Aninha viola
Enviado por Aninha viola em 15/02/2008
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