A FLOR QUE MORREU
Vi o calmo tempo passando devagar,
Meus olhos sem o mesmo brilho de outrora.
As folhas que caíam a cada estação.
Tudo continuava sendo um vazio sem fim,
Amarguei o infortúnio de um jovem perdido.
Só amarguras seu semblante carregava.
Não via sequer um brilho a lhe inspirar.
Ele foi apagado no esquecimento da vida.
A mão que martelava sua sina de conquista,
Nada foi feito para este merecimento.
Murchou sua vida ainda no alvorecer,
O manto de dor que sempre lhe cobriu de fúria,
Não perdoa o destino de quem já está pedecendo
No canto perdido dos dias já desanimados.
Sangrou-lhe o peito já desfalecido.
Pelos escárnios dos amores enganados.
Sentei ali e chorei, o dor que me devorava,
Tinha o ideal de me deixar derrotado,
Ainda por mais forte que a dor do meu peito,
Me acabei com a creul e amarga infelicidade.
De ter a alegria e caminhar nos espinhos.
A flor que tanto cultivei me feriu com mágoas.
Sinto que vou partir em meu calvário de dor,
Adormecerei em meu fúnebre leito de injúrias.
Que cruel e ingrato destino...