A FLOR QUE MORREU

Vi o calmo tempo passando devagar,

Meus olhos sem o mesmo brilho de outrora.

As folhas que caíam a cada estação.

Tudo continuava sendo um vazio sem fim,

Amarguei o infortúnio de um jovem perdido.

Só amarguras seu semblante carregava.

Não via sequer um brilho a lhe inspirar.

Ele foi apagado no esquecimento da vida.

A mão que martelava sua sina de conquista,

Nada foi feito para este merecimento.

Murchou sua vida ainda no alvorecer,

O manto de dor que sempre lhe cobriu de fúria,

Não perdoa o destino de quem já está pedecendo

No canto perdido dos dias já desanimados.

Sangrou-lhe o peito já desfalecido.

Pelos escárnios dos amores enganados.

Sentei ali e chorei, o dor que me devorava,

Tinha o ideal de me deixar derrotado,

Ainda por mais forte que a dor do meu peito,

Me acabei com a creul e amarga infelicidade.

De ter a alegria e caminhar nos espinhos.

A flor que tanto cultivei me feriu com mágoas.

Sinto que vou partir em meu calvário de dor,

Adormecerei em meu fúnebre leito de injúrias.

Que cruel e ingrato destino...

Marolla
Enviado por Marolla em 11/03/2008
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