A Dor;

Algo em mim dentro de mim está morrendo.

E eu sei o que é... sou eu.

Pouco á pouco, como areia que escorre das mãos entre os dedos e que o vento leva.

E se espalha, se esvai, até que não fique rastro.

Mas não vou chorar, mesmo que as lágrimas me tomem e me afogue nelas.

O que mais me doí é que a morte é fria e lenta.

Sem pena, sem dúvida, sem tempo.

E o culpado de tudo isso é o AMOR.

Porque estou cheia dele e ninguém para amar.

Isso é real.

Estou só.

Sem nada, nem ninguém, apenas EU.

E isso não me basta, isso me arrasa e me sufoca.

Então há de chegar o dia, que as linhas não mais falarão, e a mão que hoje trêmula rabisca adormecerá.

Nos meus versos descançaram o pó.

Mas como não sou poeta;

Morrerei como um anônimo

Em silêncio, triste e só.

Luciene Nogueira
Enviado por Luciene Nogueira em 05/04/2008
Código do texto: T932397