A Dor;
Algo em mim dentro de mim está morrendo.
E eu sei o que é... sou eu.
Pouco á pouco, como areia que escorre das mãos entre os dedos e que o vento leva.
E se espalha, se esvai, até que não fique rastro.
Mas não vou chorar, mesmo que as lágrimas me tomem e me afogue nelas.
O que mais me doí é que a morte é fria e lenta.
Sem pena, sem dúvida, sem tempo.
E o culpado de tudo isso é o AMOR.
Porque estou cheia dele e ninguém para amar.
Isso é real.
Estou só.
Sem nada, nem ninguém, apenas EU.
E isso não me basta, isso me arrasa e me sufoca.
Então há de chegar o dia, que as linhas não mais falarão, e a mão que hoje trêmula rabisca adormecerá.
Nos meus versos descançaram o pó.
Mas como não sou poeta;
Morrerei como um anônimo
Em silêncio, triste e só.