REFÉM...
Deixei-me ser tragado pelo medo oculto
Que há tempos me sondava e nem sequer eu via
Permitindo que o tédio e a monotonia
Fizessem moradia em meu tristonho vulto.
Distante dos teus beijos só há soledade
E eu vivo por viver morrendo todo dia
No leito crucial da minha cama fria
Coberto com os lençóis ferinos da saudade...
Fui vítima da minha própria covardia
Que me impediu de te dizer o que eu sentia
Nas gélidas bancadas do meu coração...
E hoje eu sou refém do crucial revés;
- Seguindo pela vida andando com os teus pés
E blefando no amor indo de mão em mão...