ISABELLA

ISABELLA

Menininha doce, rosa em profusão.

Nasceste do amor, brotado do coração,

Estando no mundo de prova e expiação.

Tudo pode descolorir virando ingratidão.

As crianças são benquerenças de Jesus,

Louçãs brilhantes sacrossantas e divinais.

Eras a alegria ferrenha do amor fraternal,

Cordial, luzidias de vida ditosa que reluz.

Pensavas em anjos medianeiros de luz.

Brincavas com alegria terna e medianeira,

Na inocência multifária a alegria conduz.

Ditosa, charmosa de alegria alvissareira.

Os pais são extasias dos filhos, frutos seus.

A união faz a força, o elo pode desmanchar,

Um pra cá outro pra lá, é o amor que morreu.

Com ele as esperanças da criança a enodoar.

Destinos diferentes e vieses indiferentes.

Ausência notada no dia-a-dia entrestecia,

Um coração pequenino sentia-se ausente.

Era a saudade, e a dor do amor que esvaía.

De uma união sem ínclito novos nubentes.

Nova ligação nidificadora surge permutas.

Amor, ligação, dubitações são inerentes,

Do novo lar rotinas e incertas condutas.

Entre pai e filho não se extrai a ligação,

Outros irmãos asseveram nova metade,

Pelo sangue da vida impulsiona aguilhão.

No convívio de irmãozinhos a fraternidade.

Isabella com os irmãos era demais dedicada.

Saudável, adornada por carinhos de coração,

De repente uma surpresa ingrata e calcetada.

Transforma-se em tristeza, dor e comoção.

Nos jardins orvalhados um corpo jazia.

Ao soprar do vento ninguém imaginava,

Estocante a louçã brilhante inerte perecia.

Uma ação brutal emudecia e transtornava.

Comoção total, tristezas e revoltas esfaceladas.

Isabella menina meiga, carinhosa e vitimada,

Pela sanha cruel dos indolentes personalizada.

Isabella na flor da idade, ingênua, ouro cristalino,

Sem maldades, sofre as agruras de um assassino.

Matando-a e escondendo-se atrás da carapuça escura.

Ceifando de forma violenta uma criança inocente e pura.

Que a justiça dos homens punam esse animal, irracional.

Que não escapará da justiça divina, de Deus nosso Pai Celestial.

Receba Jesus a pequena Isabella, abrigando-a em seu coração divinal.

Essa sorridente criança era a aquarela que abrilhantava seu lar colossal.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 06/04/2008
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