Sem perdão

A criança foi lançada

como se fosse descartável.

Seu sangue tingiu o absurdo.

O que há no coração do crápula?

Água, pedra, ira, só maldade?

É gélido o espetáculo:

um corpo indefeso e inerte

a traduzir a demência de um adulto.

Não há respostas.

Não cabe entendimento.

Não existe aceitação.

Nada justifica a crueldade.

Não há perdão.