Versos do íntimo
Vou beber o mar
E encher o eu profundo
A lágrima interior
Secou-se com o tempo
Sem ter havido calor.
Ausente o encanto
A força vadia
Foi-se embora
E as flores jazem
Nas cinzas da hora.
Fito cores fúnebres
Num cantado sagrado
Todas desiguais
Num indulto apaixonado
Cantado pelos pardais.
Branca tez da solidão
Chegaste tão morna
Sofrendo em mim
Num hálito de tristeza
Que não deve ter fim.
Robinho (Bin)