Para Cristina
Ela tanto ama os seus textos
Das ambiciosas notas que preferes
Para aguçar os teus prazeres
No mais simples dever os pretextos
Rejuvenescida Cristina o que queres?
Ante esta tua turma de bestas feras
Não haverá descanso para as megeras
No funeral das falácias os deveres
No início da tua jornada nas letras
Debaixo da claridade baça
Na razão a descontrolada carcaça
Na gritante maldita devassa as pedras
Na vaga libertina sonha
Na orexia milenar e medonha
A poetisa lassa se consome
Na vontade de consumir a fome
Nos ossos meus e na alma minha
Espíritos invocando aqui caminha
Sangrando no coração sofria
Adormecido ao lado da dama fria
Uma cortina negra contia o dia
Nas trevas do imenso Amor sozinha.
DR FLYNN