Despedida...
Minha última despedida
deixa-me ser seu alimento
num dia sou anjo
noutro sou demônio
que me resta agora
se não ver as rosas escuras
festejando nosso fim
Me despeço desse amor
como frio em noite quente
as folhas secas vadiam-se
no teu íntimo
e me desfolha anunciando
que perdi você
o amor é meu absurdo
meu fantasma carnívoro
Se não morrer no teu amor
não verei o infinito
se não morrer ouvindo tua canção
não sentirei a insônia
se não morrer nos teus segredos
não sepultarei a insana mente
se não morrer nesta vida
encerro a minha aqui
Me despeço da vida sim
morro no meu medo
tua ausência castiga
perpetuando a última noite
que eu morra para sempre
se não posso ter você.