Ânsia do Fim

A vida em mim agoniza aos poucos

Deteriorando o que restou de um tempo

Em que eu não via a escuridão

E nem a temia

Hoje ela habita em mim

Faz parte do que sou

Desperto nunca adormeço

Nesta ânsia do fim

Se é que existe um fim

Talvez a vida seja mesmo assim

Sem sentido

Sem explicação

Ou quem sabe eu seja assim

Essa incerteza

Num turbilhão de emoções

Onde a vida nunca me dá explicações

E passa por mim sem sentido algum

Apenas passa

Deixando em mim

Seus rastros

A aflição

De quem está vivo e não vive...