AMOR E TREVAS

Amor que era então,

Entregou-se a solidão,

Destinou a própria sorte,

A uma alma luz...

Que pouco a pouco se apaga,

Numa escuridão que não acaba.

Ilhado sobre um mar de trevas,

O amor que se fez templo,

Dum distante, se tornou em pedras e ruínas.

Pondo fim à fé derradeira duma alma,

Que acreditava...

De todo vosso coração.

Então, o só se fez solidão,

Fez-se próprio da escuridão.

Deserdado,

Vir à chama de luz se apagar...

Então fundir-me a sombra,

Se perdendo ao infinito,

Em uma corrente que me leva para longe,

Para longe desse amor sem sentido.

SÉRGIO CARVALHO
Enviado por SÉRGIO CARVALHO em 28/04/2008
Código do texto: T965399
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