QUASE SEMPRE...


Quem me dera conhecer sobre verdades, 
interpretar os sinais na hora exata! 
Abafar o ruído altivo das tempestades, 
calar o silêncio, que aos poucos mata!
  
Encontrar outra vez os sons das risadas, 
acreditar num olhar de luz, ainda puro! 
Estar presente criança, nesta sua estrada, 
não alagar um vazio, tão estranho e duro!
  
Estancar no peito a sangria da emoção,  
conhecer o porquê do ressentimento! 
Dizer baixinho das dores do coração, 
resgatar sonhos vivos, soltos no tempo! 
 
Revelar que, quase sempre iludo a solidão: 
ao meu anjo pueril, vôo em pensamentos! 
Num perfilar lento, como antiga e fiel oração...
  
Tantas vezes, sou apenas pó de momentos 
e, encontro-me só! Olhando o giz do chão... 
Assim, minh’alma alcança seus tormentos!


30/04/2008 

 
 

 
  
 


Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 01/05/2008
Reeditado em 28/10/2009
Código do texto: T970724