QUASE SEMPRE...
Quem me dera conhecer sobre verdades,
interpretar os sinais na hora exata!
Abafar o ruído altivo das tempestades,
calar o silêncio, que aos poucos mata!
Encontrar outra vez os sons das risadas,
acreditar num olhar de luz, ainda puro!
Estar presente criança, nesta sua estrada,
não alagar um vazio, tão estranho e duro!
Estancar no peito a sangria da emoção,
conhecer o porquê do ressentimento!
Dizer baixinho das dores do coração,
resgatar sonhos vivos, soltos no tempo!
Revelar que, quase sempre iludo a solidão:
ao meu anjo pueril, vôo em pensamentos!
Num perfilar lento, como antiga e fiel oração...
Tantas vezes, sou apenas pó de momentos
e, encontro-me só! Olhando o giz do chão...
Assim, minh’alma alcança seus tormentos!
30/04/2008