Fagulhas

Os minutos brincam e as horas passam

Sentado ali olho o mundo ao meu redor

Apressados passam os carros na eloqüência de se viver

Vagarosos, caminham os homens na repetida sina do vai e vem

O vento sopra na janela e um arrepio percorre meu corpo

É manhã ,é agosto...

A palidez do dia me traz melancolia, lembranças do passado, saudade de algum tempo...

O sol pela vidraça mais parece lua cheia

como daquele tempo que tenho saudade em que sentávamos na esquina e as labaredas da fogueira soltava mil fagulhas

Nosso riso ,nossa fala ...

Mas é sol, e não lua

É dia e não noite...

Não há fogo senão o da saudade que arde constante

Devorando as lembranças...

Ao meu lado a moça de olhos tristes conversa e ri

De cá fico tentando decifrar seus pensamentos...

De repente mais um carro...

É a placa,,é o dígito

Outra fala, “bom dia”

É a saga desse tempo

Minha sina

Meu destino...

tilo
Enviado por tilo em 04/05/2008
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