CRISTAL

O vaso quebra

Mundo desaba

Chão abriu-se naquele momento

Olhar fulminante

Atinge a alma errante

Congelou o tempo naquele instante

O coração acelerou e a face enrubesceu

Troca-se tudo pelos cacos

Roubando as forças... Então morri

Cristal sempre tem outro

Vida não tem para comprar

No anfiteatro da existência

Bastou um instante

O mal já estava feito

A farsa deve continuar

Rosas vermelhas

Com os cacos se cortou

Cristais vermelhos

Com os espinhos se feriu

Queria voltar no tempo

Queria que tudo não passasse de um sonho

Queria trocar o desengano

Por compreensão e boa intenção

Vaso caído foi um grito surdo.

No outro um sorriso contido

Se não fosse para ajudar não teria arriscado tanto.

Agora resta colher os cacos de emoções

Angeluar
Enviado por Angeluar em 11/05/2008
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