Fim do Dia
Carranca férrea
Me esfaqueia lentamente quando despedaça meus sonhos
Depois lambe minhas feridas com seu dinheiro sujo
Me deixando cego em meio a poluição de sentimentos
Pensamentos enfumaçados
Tentam me sufocar pouco a pouco
Meu maior temor é que neste reino do caos
A rotina é a deusa venerada
Cada dia que cai
é mais uma gota de sangue da hemorragia da vida
Por isso o fim é sempre pálido
quando as (hi) estórias terminam
Escrevo estes versos como quem se despede
Não, eu não penso em ir a lugar algum
Mas é que minha caneta chora
e eu não sei o porquê.