JUÍZO FINAL

No céu chovem estrelas,

o vento sopra violência...

a vinha está madura

e o mundo cego às evidências1

Misturam-se as estações

nos quatro cantos do planeta.

Despertam-se os vulcões

ao embalo das trombetas.

Dois sóis disputam os horizontes,

a Terra agita suas entranhas...

a Lua Vermelha como sangue...

o mar escala montanhas!

A paisagem sob as marés,

ouço os gritos da multidão!

Paira à luz do dia,

o Abominável da Desolação!

A grande cidade, em três partes se fendeu,

a grande Babilônia, prostituída e endeusada!

Os mercadores choram tantas riquesas

num só instante, perdidas e condenadas!

E os mortos, grandes e pequenos,

segundo suas obras foram julgados.

Choro e ranger de dentes

à imensa caravana dos exilados.

Brilham alvas e resplandecentes,

as vestes do povo eleito!

As profecias se cumpriram,

o juízo está feito!

"E vi um novo céu

e uma nova Terra.

Porque o primeiro céu

e a primeira Terra passaram

e o mar já não existe!"

Apocalipse(21,01)

Bernardo Maciel
Enviado por Bernardo Maciel em 18/06/2008
Código do texto: T1039478
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