JUÍZO FINAL
No céu chovem estrelas,
o vento sopra violência...
a vinha está madura
e o mundo cego às evidências1
Misturam-se as estações
nos quatro cantos do planeta.
Despertam-se os vulcões
ao embalo das trombetas.
Dois sóis disputam os horizontes,
a Terra agita suas entranhas...
a Lua Vermelha como sangue...
o mar escala montanhas!
A paisagem sob as marés,
ouço os gritos da multidão!
Paira à luz do dia,
o Abominável da Desolação!
A grande cidade, em três partes se fendeu,
a grande Babilônia, prostituída e endeusada!
Os mercadores choram tantas riquesas
num só instante, perdidas e condenadas!
E os mortos, grandes e pequenos,
segundo suas obras foram julgados.
Choro e ranger de dentes
à imensa caravana dos exilados.
Brilham alvas e resplandecentes,
as vestes do povo eleito!
As profecias se cumpriram,
o juízo está feito!
"E vi um novo céu
e uma nova Terra.
Porque o primeiro céu
e a primeira Terra passaram
e o mar já não existe!"
Apocalipse(21,01)