Quem sabe...



Que no recolhimento vem ternura.
Nesse silêncio nossa alma captura

Que o segredo de uma vida fecunda
Não está somente em nossa candura...

Está registrada em vida oriunda
Da dificuldade, de uma loucura,

De doces momentos de paz e alegrias,
Com surgimento de pessoas puras

Que viveram em nossa companhia
Com fisionomia suave ou dura;

Exerceram, também, grande mister
De nova e duradoura tessitura.

Quem sabe não é hora de agradecer
Esse grande espaço de mil venturas?