ORGULHO PAGÃO

Todo vento soprante ao norte

carrega teus segredos e desejos.

As mais ocultas sementes crescendo,

sobre a grama verde do oasis.

Pequenos e cruciais lamentos,

chorados nas janelas principais.

Orgulho pagão.

Nós deitamos na grama

celebrando o orgulho pagão.

Corpos nus assoviando para as estrelas,

E glorificando o universo confuso.

Por que louvar é o único orgulho útil.

E a fé nasce como um insignificante musgo.

Orgulho pagão.

Quando as cores parecem mais coloridas

E o azul do céu brilha mais azul.

Ou mesmo quando o insenso termina de queimar

há um propósito,

Eu vivo para suprir meu propósito.

Orgulho pagão.

Eu ainda respeito graças aos céus,

E ainda acredito em milagres.

Será meu coração puro demais?

Para sentir o vento que trás o amor?

Ou será minha luxúria pecadora que me condena?

Tudo não passa de um orgulho pagão.