A PROCURA

Sinto a dor que vem de suas palavras

Arrasta-te em pensamentos em vão

Queres saber quem tu és?

Quem é o responsável por tuas obras

Que não se preocupa com suas emoções

E só te cobras?

E jamais cai de joelhos aos teus pés?

Porque se preocupa tanto

Com coisas sem encanto?

Porque a primavera

Não trás pra ti, o seu canto?

Envolve-se em meios desandados

Pudera

Perdestes tua alma no caminho

Assim como tantos outros, cansados

Descompensados

Sem amor e sem carinho

Caminhos desordenados.

Procuras alguém pra lhe dizer quem és?

Não é preciso

Basta olhar-se no espelho,

Em pranto

E ver-se como espantalho

Uma mera ilusão

Procurar dentro de ti, em vão

Um então ou um, portanto!

Pois não há mais ilusão

Nem porquês e nem razão

Pois não existe mais emoção

Nem sequer lhe sobrou uma oração

De todo velho e bom cristão

Ninguém vai lhe responder

A essas e outras tantas questões

Pois no fundo nem queres mesmo saber

Pois só desejas as interrogações

Para se agarrar e conseguir somente, sobreviver!

Denilsamore
Enviado por Denilsamore em 27/09/2008
Código do texto: T1200089
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