Florescência do ser

Atrás do belo arvoredo vejo a lua,

como atrás da seda a verdade nua,

que faz a ilusão ganhar esperança

que um dia prosperidade aconteça!

Vejo que a mágoa não me pertence,

desilusão quando chega adormece;

atrás do caminho inacabado sonho

que o amanhã atenue o desalinho!

Segue o trem deslizando no leito,

junto ao vento acalmando o pasto,

serenado e semeado para bonança

nada vislumbro em meio à fumaça!

Se atrás meus olhos não podem ver,

luz amplia o caminho embrionário

à condição controversa do meu ser,

extirpando algum nefasto desvario!

Almas famintas estão se irmanando

ao romperem os vãos abaixo do céu,

aleluia!a essência do amor floresceu

no silêncio de mãos se encontrando!

Santos-SP-02/04/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 02/04/2006
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