TRÊS MINUTOS DE REFLEXÃO - AOS PEQUENINOS DE RUA

Ao deitar-me lembro - amanhecerei ?

Desperto e vejo que sou vida.

Vida prá se amar - que respira -.

Sou um simples que ama.

Preciso do seu amor.

Você consegue me entender ?

Vejo acima de minha cabeça

- um espaço - e a terra firme,

diante - corações cheios de lágrimas.

Queria ao invés de palavras de amor,

que houvessem atos de amor

sem constrangimentos.

Depois da genealogia do céu e da terra

- a lagoa encantada - e eles

a brigarem recostados ao relento.

Não havia ainda " era nem o homem "

e as desavenças superestrelavam

o espaço - havia energia -

Não tinha chovido, tampouco sol claro,

para que as vegetações brotassem

em nossos corações.

O amor em profundeza nos agrada,

sua grandiosidade enche-nos de leveza.

Se um dia conseguir entender...

Serei com toda tranquilidade amado

e com alegria eu e vós entenderemos

- o que é o amor -.

Jofe o lugar. Tabita por tradução - Dorcas -

amável morre e vai para o cenáculo

e perto andavam os discípulos de Pedro.

Pedro ordena que todos saiam,

Ora de joelhos e diz-lhe - levanta !

Ela abre os olhos e levanta.

E ainda duvidam dos espíritos caritativos,

de luz, de bondade, ah !

Ora, se nem neles acreditam, o que fazer ?

Me deparei como pessoa, que pesar...

Notei que era frio e calculista.

Enterrado de espanto

não deu tempo de pensar

no que fui, no que sou, até avista...

Do pó desta ou daquela terra

pude então contemplá-la

por longo tempo...

Que alegria no coração !

Divindade e coisas finas,

pensar na vida...

Diante dos pensamentos, calei-me

e nada pude falar ou refletir

ficando ao silêncio por longo tempo.

O triste de todos nós é que não entendemos

a mensagem de " Jesus " e procuramos

por tudo - respostas - as ignorâncias.

Traziam as crianças para que

" Jesus " as tocasse e o " Magnífico "

teria falado - deixai vir - os pequeninos.

Você o que faz pelos pequeninos ?

Estás certo de fazeres o bem ?

- Aleluia ! - muita alegria para você.

E as que são exterminadas ?

Bela obra eles fazem e se acham

no direito de ficarem juntos a " Jesus ".

Houveram épocas em que

rezava por veses e em outras

rezava todos os dias.

Tentando com isto refazer-me

das injustiças que cometia.

Será que isto é válido ?

Os pássaros são livres,

voam, gorgeiam, por aqui, ali, por lá,

constroem seus ninhos

nos lugares mais livres da natureza.

Quando de repente... de mansinho,

chego eu, ah ! entre eu, quantos eu`s,

lhes espeto, os devoro, os como tão somente.

E o incrível... sou feliz por isto e como sou...

" Passado o acalanto, guardes na lembrança

que houve toda e qualquer esperança. "

Peregrino d`amor sinto n`alma

toda uma dor.

O que fazemos pelos pequeninos ?

" Lembrai que Jesus repartiu

o pão, o vinho e o peixe conosco... "

Te vejo agora

a pensar sobre

isto e lágrimas

se perdem

nest`alma.

Escuta meu

lamento e

acordes, não

nos deixes só

neste sentir e

ajudes alguém

ao teu lado,

quem sabe

seja Jesus.

Aqui no meu peito,

bem aqui dentro do peito

sinto alguma coisa estranha.

Um sensação suave, leve como pluma,

em outras vezes me parece tristeza

mais do que qualquer outra coisa.

Quisera ser compreensivo. Sapiência é dado a

poucos pelo que sei - fraternidade - quisera ter...

mas não é assim... mesmo abrindo o coração.

Acordes o teu bairro,

tua comunidade e contra o peito

afagues o belo espiritual.

Tu tens uma delicadeza pura,

levantes o sorriso

ao abraçar o teu irmão.

Mãos nas minhas mãos

e todo acalanto de nós caminhantes

ao amor - a natureza -.

Tem aqueles que batem no peito

convictos de serem os donos da verdade.

Verdade ! A vida é dura, ninguém...

E nós o que somos ?

Sigas o sol. Penses no azul infinito do céu

e transes as coisas boas para quem comigo anda.

Sim. O amanhã já chega fundo neste dia que se

esvai, e os pequeninos ? Faça o córrego d`amor

e canta em nome da doação - o amor -.

Procuramos a salvação, quando não chegamos

ao ápice da colheita. Vamos a templos de todos

credos, e o obejetivo...

O que se passa no seu coração !

Adotes neste dia deliz - agora - o moleque de rua,

um prato de amor, é provável que baste, não quero

saber da boca pra fora, gostaria Ah ! ver o coração...

Quando se é criança é quando se é puro, sensível.

Talvez... sonhos se criem nos corações.

Olha ! na ocasião oportuna ames prazeirosamente.

E os pequeninos maltratados

pela cor, credo, aparência ?

Não gosto nem de lembrar...

Pare com isto - você é o dono do mundo ?

Penses a respeito...

- por isto e mais eu vos amo.

Creia em ti mesmo

e ajudes - não fiques -

só na vontade.

Dizem alguns que os pequeninos

de rua - são bem tratados _

que tristeza, que vergonha.

Façamos alguma coisa ! Em nome

deste Jesus que foi menino

e vive menino em nós - por favor...

Respire profundamente, ótimo

sinta se esta leitura está lhe agradando.

Reflexione... Procure a partir de agora

fazeres alguma coisa, só isto. Obrigado.

Sempre que se introduza amor

vale a pena. Conto com você.

Todo coração sabe quando o amor,

a ternura, a bondade, o afeto,

são o prazer, a fraternidade.

Mas, enquanto, houver um pequenino

necessitado de bens

- este país não terá evoluído. -

Senão bastais minhas palavras...

Vejais a teu redor, atrás e a vossa frente

e principalmente, dentro de vós.

Ajudemos nossa cidade

e os nossos pequeninos,

pelo amor que tens a Jesus.

Entendes o que escrevo e penso ? Quero saber

tudo, mas tudo... Para que não ocarra susto.

Penses no amor - só ele constrói -

- é para agora que eles precisam - O amanhã já

vem fundo e por isto, oro neste segundo amável.

Como invejo a ti seres livre, tranquilo,

feliz e doce neste meu cantar, proquanto, estou só

a tua espera. Preciso de você - para o pequeninos -

justo ai abro o coração e minh`alma.

Recordar o lugar " que canto " me deixa a flutuar

de amor pelo prazer dos rosais em flor.

Como dizer ao amor o que é o Universo, se preciso

e quero o amor pelo amor. Pensei que tivesse

um coração, um sentimento, mas vejo afinal

que sozinho não sou nada, nadinha.

Carrego comigo uma vontade imensa de estar

contigo amando, sendo amado. Tudo em nome

da paz, boa vontade, em nome daquel`outros.

O coração dita ordens para que amemos, mas

sentimos medo. Não estamos preparados para

tanto - lembrem-se dos pequeninos -.

Num amor profundo chega-se a eloquência do

coração e por certo as lágrimas. Os pequeninos nem

sempre precisam de presentes - dos mais variados -

mas sim, de vocês ausentes. Sem vocês, eles

são como o sol sem brilho, como o dia chuvoso

- parecendo um quadro sem claridade -.

Quando pensares que trilhas o caminho sapiente

- pares e penses - o caminho poderá não ser este.

Sem ti sou uma tristeza só, sem ti sou um

crente, descrente, um pássaro sem ter liberdade.

" Ajuda, pois te ajudarei - já dizia alguém... "

Qual de vós já fez alguma coisa ? Fizestes é ?

Grande coisa. - é preciso muito mais - pois só

assim acariciaremos o coração - àqueles...

Nesta espera, buscarei em ti

e basta que feches os olhos

- buscarei toda tua potencialidade.

Acordes e ames a vida. Ajudes o teu irmão

menor necessitado por amor e compreenção.

Você será um grande e ninguém olvidará.

Quem são os pequeninos, não importa. Importa

é que ames e ajudes a qualquer um. Sei, penso,

escrevo - isto não é para mim - ou é ?

Você poderá ser um outro. Que compreenda o que busco.

Não adianta estares com a biblia na

mão e o amor no lixo. Enganas a todos, mas e a ti ?

Isto é o que mais vejo por aí. Adotes este

momento de paz e não discrimines nada.

Muitos de vós estareis me mal dizendo neste

instante - é uma pena - Vejais teu coração...

Suave sejas nest`alma de artista pois

o amável poeta tem beleza de forma e espera a

primavera. Primavera é você com o seu amor

- ó tempo - quanta luz, paz,

desabrochando este momento todo seu.

Qual de vós ousais amar sem esperança de ganho ?

Se um dia amares lembres que vivo. Quando o dia

acontecer virá a tua mente por razão

- simples - o mais nobre dos pensamentos. Se

ainda lembrares que vivo, eleves o instante ao

coração e por isto agradeço.

O que fazem com os pequeninos de rua ? Valha-me

Deus ! É vergonhoso e abominável. Que tristeza...

Precisamos da tua colaboração - ainda há tempo.

Não sou um sonhador - é possível - não procures

lá, o amor está no seu eu - você é bom - só mesmo

você poderá fazer.

O contrário é deixar como está e isto é ruim.

Ame a vida e a você.

Recorde a natureza e te enconto a todo momento.

Você é vida e pronto - assumas - ah ! Que lindo !

Que suavidade comentar sobre o amor.

O vento tocando o emu e o teu rosto onde vemos

o mundo chorando por meus e teus olhos.

Crava-se em nós uma realidade que

precisamos sacudir em respeito aos pequeninos.

Acorda amigo ! Porque - a gaivota voa distante -

medindo um tempo irreal.

Obrigado Senhor por poder ver pescadores,

seguidores e em todos crer. Ouvir minhas palavras

dóe a vida. Como é dificil lembrar quando

zingravas o tempo airoso. Obrigado Senhor, poder

ajudar meus irmãos pelos campos a andar. Que

agonia ficar esperando e a alegria ?

O sol queimando, nenhuma árvore pra sombrear

meu paladar. Obrigado Senhor - pelo amigo que

bis acaricia e por isto não há lugar prara ficar.

Estou a esperar sem ao menos parar até voltar,

Obrigado Senhor - pelo verde do mar, azul do céu,

a fragância do ar e por isto verei...

O vento da terra, do mar, do ar - obrigado Senhor -

muito obrigado. Vamos lembrar os pequeninos

pela brisa, campos, por minha e tua causa.

Vejas tu ! O infortúnio que desonra nossas

paixões, nesta ganância, pares e raciocines,

confia nesta minha e tua causa.

" Caminhei por estradas pontilhadas de

coqueirais, flores silvestres e grama verde. Quando

estava para descer o último cume da montanha,

pude observar de onde estava - o mar - costurando

em si mesmo as mais lindas e variadas formas

de cores alucinantes. "

" ...é como estivesse numa nau. O mar agitado a

meu redor, ondas bravas, espumantes e além, o céu

entrando mar adentro. Não sei se vivi, sonhei,

se chorei... Só sei que era eu - dentro daquele

castigo - quando levantei o olhar, vi chorando na

outra ponta da nau, em grandes soluços que a mim

enfraqueciam, meninos pequeninos - sedentos

de amor e num susto só a espera de ajuda...

Quando estou pronto para mais uma noite,

cerro meus olhos e no pensamento aparecem

formas transparentes, onde encontro amigos e

claramente vejo maldades que saciam vontades

dispersas de corações desprotegidos. Não encontro

uma bondade mínima para os meninos...

"... é como se fosse um azar nossa liberdade

- tenho tido sonhos - onde aparecem flores

d`um jardim impossível. Que liberdade é esta ?

É isto que merecem os pequeninos ?

É este o respeito que passam os para eles ?

Grite na luta para a doação do amor... "

Estes dizeres, estas palavras - precisam -

tão somente do teu carinho. Necessitam d`um novo

alvorecer. Não ! Não ! Necessitam do agora,

justo deste ensinamento que clamo por ser injusto.

E você - o que acha ?

Se houver outra maneira

de amar os pequeninos, não me diga, faça !

Levanto a cabeça e sinto no ar o amor - vislumbro

a estrela guia - linda e apaixonante neste meu

luar - estender-me os braços " na via ".

Paro, respiro e transformo o galanteio na visão

e o amor mais profundo, por isto, não vejo neste

teu mar d`alegria a força desta minha carícia.

Ficas indiferente a meu suspiro, como ela, a lua,

lá no alto. Te colocas a rir de mim porque

ainda respiro um falso amor com sobre-salto.

Olhos d`um castanho claro brando de carinho,

na busca do afeto. Um sonho como o pôr do sol.

Arregalados, ávidos, úmidos de lágrimas neste

frio, malvado. Castanhos claros, como a crista das

ondas dos mares espumantes de amor.

Bate coração, teu pulsar me encanta - olhos meus -

tens sobre teu pensar vago a esperança do amor

de nossas vidas. Bate coração, pelas pancadas do

meu coração - isto é o que - posso fazer por ti.

Um dia saberei te amar, pequeno dos olhos vagos

e aí seremos felizes e gente também.

Quero alguma coisa nunca dantes escrita.

Por estas plagas vivenciarei. Vale do Jacuípe -

onde caminho c`meus passos e o amor em desalinho

e enxergo o lugar sertanejo que chora.

Nos é facil recitar versos - quero - fazê-los aos terços

e inteiro. Homenagear os meninos agora mas também

os de outrora. Sou um eterno saudosista - busco -

há muito tempo o amor e a verdade. Quero ter

você que me vê, e fará deste livro um novo caminho,

uma glória a paz. Nada adianta pedires ajuda

ao teu Deus, o segredo deverá ser respeito a ti

próprio e por lástimas - não consegues -.

Aos incrédulos gostais de brandir, ímpio !

Qual de vós e entre vós, eu - no amor - tem caridoso

pensamento em ser sincero.

Um pé a frente outro atrás, assim tenho seguido

caminhos curtos. Curtos ?

Pra mim com mente impura

realmente são curtos, pasmem !

Somos pó. Nada mais do que pó e para o fim,

bastará... Sem dúvidas um sopro em verdade,

pronto ! Acabou - lembres o pó e olhes os pequeninos.

Queria ser como o sol amado na cor d`ouro,

poder acordar um dia. Manhã de primavera.

Pensei ter amor - poeta louco - sonhos tive...

" Há momentos que choro

sem que tu venhas consolar-me. "

Fita-me por algum tempo peço-te piedade !

Não chores, sorria ! A quero muito e onde o horizonte

for mais azul, lá estarei te procurando no mais azul

que existir. Não chores ! Quero ter a imagem

de ti sorrindo. Sinto-me feliz em saber que és feliz.

Sorria !

Quando criares a consciência que estás me lendo

c`amor, passes pelo Correio revendo o coração

estendas o corpanzil e olhos pra baixo, olharás

na certa uma criança amamentada c`água e farinha

de mandioca. Isto é esperança ?

A esperança popular deixa a desejar em todo lar.

Esperança da lingua para fora

coroada de instruções religiosas.

Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul

Estes versos, escrevi na década de 1960, no início dos movimentos, ditos sociais.

Como via que ninguém se mexia para nada em favor dos necessitados, resolvi escrever o que escrevi.

Um dia procurando alguns escritos meus, vi um manuscrito, que era este.

Resolvi reescrevê-los na década de 1980. Já na Bahia, foi quando dei esta roupagem nova na época para o texto.

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 25/01/2009
Reeditado em 13/07/2009
Código do texto: T1404078