NÁUFRAGOS
 
 
Devagarzinho...
Bem de mansinho,
Ou, às vezes, bem depressa,
Sorrateira,
Zombeteira,
Sorridente, sim, as vezes sorridente.
Calada, na calada da noite.
De dia, a qualquer dia.
Sozinha...
Vem sem amigos,
Sem sócios, consortes.
 
Querer, ninguém a quer,
Fogem todos dela,
Batem-lhe na cara as portas,
Ela dá voltas,
Quer entrar,
Insiste, olha pela fresta da porta,
Espera. Ah! Ela é paciente, maneira,
Dá o bote certo,
Chegou a hora, já era...
Só Deus pode mudar o incerto...
 
É a morte que veio pra ficar
Pra te buscar
Pra me buscar...
E vamos! Como náufragos
Em mar aberto,
Por certo, sem remo, sem rumo,
Sem volta... Adeus...
Irineu Baroni
Enviado por Irineu Baroni em 01/02/2009
Reeditado em 22/05/2010
Código do texto: T1416284
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