RUMO SEM APRUMO

Nas calçadas, as passadas do tempo

Deixaram marcas, feito coisas imortais.

Quem não se recorda do menino,

Guri de suspensório, sapecando bolinha de gudi?

Menino rueiro!

Mas os emblemas tem seus meios

Paulatinamente traçados.

No presente, o homem tem devastado florestas,

Tem perfilado de astúcia malfazeja,

Rasgado bandeiras erguidas outrora,

Massageado orgulho e arrotado vitórias.

Mal sabe ele desses danos cometidos,

Embevecido pela incúria e zombaria!

Fosse só um pouco diferente

E poderia não ter alma tão ausente.

Perceberia na essência,

Cores, luzes e complacência na justiça

Do Mais Alto,

E por certo mediria os seus atos

Nodoados, ignóbeis...

E a esperança seria o verdadeiro estigma

De um novo dia.

Luzia Câmara Ozarias
Enviado por Luzia Câmara Ozarias em 07/02/2009
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