POEMA DA MADRUGADA
Nos encontraremos novamente.
No antes, no durante, no depois
De todas as coisas há uma essência
Imutável e constante.
Na fragilidade de cada momento
Há uma onda que quebra
E outra que se regenera,
Desfazendo o linear e o estático
Da segurança e do conforto.
É a vida. Mínimo denominador
Comum de anseios e sonhos.
Indiscutível, irrefutável
Desígnio do nosso pulsar.
O nó há de se desfazer.
Desatando os nossos medos
Passaremos como esse rio
Para nos encontrarmos novamente.
E, no imenso oceano do Amanhã
Seremos a manhã, a tarde e a noite
Coexistindo naturalmente.
By Jean-Pierre Barakat, 30.04.2006
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