DITADOS (im)POPULARES

DITADOS (im)POPULARES

I

Dizem que se dizem ditos,

determinados pelas dádivas destino,

dirigidos pelas demência de duendes,

ditados pelas doutrinas dos docentes.

II

Dizem que se dizem ditos,

desacreditados pelos deveres dos deuses,

desconfiados pelos dogmas das doutrinas,

descrentes pelos desencanto dos devotos.

III

Dizem que se dizem ditos,

discrepantes, desonestos e desmesurados,

diabólicos, dragontinos e demoníacos,

daninhos, drásticos e desclassificados.

IV

Dizem que se dizem ditos,

dizendo denúncias das desgraças domésticas,

descendo debaixo do degrau da decência,

distribuindo dramas, dores e devassas.

V

Dizem que se dizem ditos,

daqueles dias despóticos e doutrinários.

Ditos delirantes, deslumbrantes e diletos,

ditos de demiurgos, do demo e de Deus.

VI

Dizem que se dizem ditos,

distantes, demorados, diferentes e diversos.

Ditados depois dos devidos dias de discípulo,

domésticos, deitados, dormentes e dormidos.

VII

Doravante deveriam ser ditos outros ditos.

Ditos dourados das Diatomáceas e dos devaneios.

Definidos e determinados durante dias de décadas,

destinados a desenvolver o dom dinâmico do diálogo.

VIII

Doravante deveriam ser ditos outros ditos.

Ditos dedicados ao direito e à destreza.

Destacados pela determinação à não desavenças,

E devotados à diáspora e ao deleite dos seres humanos.

Luiz Eduardo Corrêa Lima