Devaneios
Minha alma passeia
corre por espaços
não desbravados,
fica feliz.
Meu caminho é suave
nestes espaços.
Sou livre.
Não tenho necessidade
de pensar,
apenas sinto.
O vento me leva
para onde quiser,
deixo-me levar.
Não tenho compromissos.
Onde ando? nem sei.
Gosto só de sentir
a brisa suave
ou o vendaval,
que nem me assusta.
As outras pessoas,
são como eu.
Voam, voam como pássaros,
com asas translúcidas
e sorrisos de quem
é feliz.
Vejo o mar
com ondas gigantes
a desbravar areias mornas.
Como é lindo o mar!
E como é estranho
seu azul profundo,
que esconde vidas,
que jorra espuma como
um esperma constante.
Se tenho cravado
no coração,
o mal da loucura,
se como pensam
sou aberração,
não me importo,
pois não tenho filosofias,
não sou metafísica,
nem acredito em dogmas.
Eu só tenho na alma,
o frescor das manhãs.