Depois da morte

Da luta não te escondas

Siga firme e vá em frente,

Mesmo quando de repente

Contra ti as furiosas ondas.

Aquelas que trazem os dedos

Das sombras que são tantas,

Disfarçadas em suas mantas

Tecidas de muitos medos.

Que as unhas sujas do terror

Cravadas na pele do mundo,

Não leve tua alma ao fundo

Do poço deste teu temor.

Lute feito um soldado valente

Não aceite ser um perdedor,

Seja aquele que mesmo na dor

É um valoroso combatente.

Na tema a angústia do tropeço

Que darás nesta caminhada,

Levante-se e siga na estrada

Ainda que o cansaço seja intenso.

A carne os vermes consomem

Dentro dos caixões apodrecidos,

Mas jamais serão esquecidos

O que de bem fez o homem.

Toda a matéria desvanece

É névoa dissipada pelo vento,

Vai-se o corpo e o lamento

Mas o espírito permanece.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 24/07/2009
Código do texto: T1716828
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