SONETO ANDARILHO

Pela estrada afora minha alma errante some,

Sob o prenúncio rubro de uma nova aurora.

Ouve-se o soluço fundo de alguém que chora

Desesperadamente a repetir meu nome.

Mas, como uma fera, meu ser não há quem dome,

Pois tenho a necessidade de ir embora

Pela estrada afora, pela estrada afora,

Morto de frio, morto de sede e de fome.

Descortina-se no horizonte o arrebol,

Lança seus dardos ardentes o rubro Sol,

A madrugada para o Infindo vai-se embora.

Não há quem dome esta necessidade minha,

E pela estrada afora minha alma caminha

E segue caminhando pela estrada afora...

Vagner Rossi

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 07/08/2009
Código do texto: T1741496
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