AGORA SIM...

O que me prendia?

Senão eu mesma...

O que me amarrava os passos?

Senão a tola que eu era.

Ficava presa à areia que já havia corrido entre os dedos.

Presa a meus medos.

Aos segredos.

Presa a tão pouco, quando é tão amplo o espaço.

Hoje danço fora da gaiola.

Sou pássaro.

Tenho toda a liberdade pra ser eu.

E pra voar.

Posso me esponjar.

Quando presa eu não enxergava o horizonte.

Nem mesmo via o monte.

Tudo era planície e o cavalo do meu peito não ousava correr.

Hoje ele corre.

Nada o assusta.

Nem o morrer.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 09/07/2006
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T190555
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