AGORA SIM...
O que me prendia?
Senão eu mesma...
O que me amarrava os passos?
Senão a tola que eu era.
Ficava presa à areia que já havia corrido entre os dedos.
Presa a meus medos.
Aos segredos.
Presa a tão pouco, quando é tão amplo o espaço.
Hoje danço fora da gaiola.
Sou pássaro.
Tenho toda a liberdade pra ser eu.
E pra voar.
Posso me esponjar.
Quando presa eu não enxergava o horizonte.
Nem mesmo via o monte.
Tudo era planície e o cavalo do meu peito não ousava correr.
Hoje ele corre.
Nada o assusta.
Nem o morrer.