Nossas Vidas

Quantas vidas vivem ao naufragar,
qual batéis que esbarram os rochedos,
em quantos mares terão que chorar,
seus infindáveis e misteriosos medos?

Em prece estas existências surgem,
em nossos contemplativos olhares,
são restos que ao relento urgem,
pelo perdão do grande Deus dos altares!

Se o naufrágio perene é a única expiação,
e outros tempos conhecerão seu corpo,
que passe breve, esta breve condenação,
o espirito vive, sobre o que já é morto!

Quantas vidas vivem o naufragar,
após viverem em altos penedos,
há tempos para sorrir e para chorar,
e outros, para do infinito ver os segredos!

xxeasxx

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 09/02/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2078586
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