O QUE SOMOS...
Espessas nuvens...
Estradas devastadas
com o temporal que desaba
em rufares bravios.
Cai a máscara,
despe a matéria
sua finita e temporária casca.
Sem disfarces a realidade sopra,
o advento do tempo se agita
em chegadas e partidas.
Fim da missão,
quando o vento soprar
o pó do que um dia fomos...
Início de outra jornada,
almas em ascensão...
Umas envoltas em luz,
outras, feridas expostas,
chagas a si impostas.
Novos caminhos
transpondo barreiras
e vislumbrando umbrais
de diferentes fronteiras.
Início, meio e fim...
Eis o que somos!
05/08/2006