A mão de Deus

Acordei de alma lavada...

Desamarrei todos os meus plissês.

Em minha varanda,

Um pássaro azul cantarolava.

No jardim, vi dois caxinguelês.

O pôr-do-sol iluminava minha muçanda.

Eu juro!... Em delírio me arrepiei.

Senti a vida em sua plenitude; chorei.

Minh' alma sentiu a paz deliciosamente.

Nesse paraíso, a vida tem amor, é indivisível.

Para o Criador, o impossível é ser impossível...

Tem gente que só acredita naquilo que vê.

Contemplei o meu Éden pacientemente.

Meu corpo tem medo de morrer.

Meu sonho místico voa à minha mercê,

E, se encanta com a arte do meu viver.

Esse momento é meu DNA transeunte;

É como o pulsar do meu sangue em minhas veias.

É como a construção do planeta de areias...

Que focalizo seu infinito em minha lente.

A missão não está perdida... Nem tudo é mutante.

Senti-me forte como um semideus.

Tomei banho de consciência espiritualmente.

Dormi, e senti em mim, a mão de Deus.