Cânticos da alma

Muitas vezes me ouço cantar canções inesperadas,

que choram lágrima triste,que riem risos sonoros,

conforme minh’alma bendita em magias reveladas

queira chorar, sorrir e pensar abrindo rumos puros!

Penso se à’lguém encanta o cântico que ri e chora

est’alma viajante que esbarrou em portas sombrias,

e lamentou frieza e indiferença nublarem seus dias,

em soluços soluçados viu dias e dias irem embora!

Canções apenas às almas audíveis as vão atraindo,

chamamentos e respostas florescem a peregrinação

orquestrada pelo maestro Pai supremo, derramando

um oceano de bênçãos do profundo do céu ao chão!

Vou cantando, minha alma no leme tristeza afasta,

pois bem a reconhece d’outras passagens sentidas,

melancolia é um aspecto e não realidade perfeita

a que rege melodia de louvor às graças alcançadas!

Cantei em tantos jardins,canções não sei se minhas

ou se das deslumbrantes e perdidas flores risonhas,

pedaços meus se misturaram aos sorrisos e prantos

proporcionando a minha alma a leveza dos ventos!

Ao som da natureza acrescento meu canto brando,

e segredos imortais aos meus olhos rasos d’água,

muito guardados pelo bem celestial risonho e mudo

levando-me às esferas límpidas que a fé perpetua!

Santos-SP-28/08/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 28/08/2006
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