Poema inominado
E eu que, cá de cima
do pêndulo cego da prepotência,
ratificava que tudo sabia,
agora que me deparei com a sapiência
escancarada na esplenderosa rima
de tua magnânima poesia,
descobri que é a cada dia
que se aprende e à moda paulatina
é que se apreende a simplicidade
da contínua e gradual vivência;
embora seja um mosáico de interstícios
para se esbaldar de felicidade
a vida não exige experiência,
tampouco posse, penitência ou dízimo.
Paráfrase do poema "eu pensava que sabia" da poetisa Mena Moreira.