Chegou a Hora, Aurora II

Como vens discreta no horizonte,

Vens tímida, devagar e curiosa,

Assemelhas-te a uma mulher nova,

Que deseja abraçar seu homem.

Teus raios tocam o universo circundante,

Com as cores que unidas são brancas,

Brancura que simboliza a paz relevante,

Aurora da vida, sim, és uma virtuosa dama.

Dama que vem repleta de isenção e caridade,

Quanto brilho derramas sobre este planeta,

As plantas acordam com a tua luminosidade,

Felizes, os animais cantam enquanto tu chegas,

O mar reflete o azul do céu com intensidade,

Até mesmo as rochas cinzas e tristes tu enfeitas.

Ilumina-me, Aurora, imploro-te, não me rejeitas,

Dissolves com eficácia a escuridão da minha vida,

Banha-me com tuas cores, quero que me beijas,

Sei, não sou rocha nem flora, Aurora querida,

Mas sou um insignificante ser que te almeja,

Ah, Senhora Aurora, torrente de amor e de vida.

Todos os Direitos Reservados pelo Autor.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 08/09/2006
Código do texto: T235242